Página 1

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

TECIDOS ESPECIAIS

São aqueles obtidos por processos dos quais resulta uma estrutura mista de tecido plano, malha e não-tecido, ou ainda, como resultante de soluções de polímeros de fibras aplicadas aos tecidos. Podem ser:
Laminados - são estruturas obtidas pela colagem de dois tecidos diferentes ou pela simples aplicação de um impermeabilizante químico a um tecido qualquer.
Malimo - estes tecidos levam o nome da máquina onde são produzidos. É uma estrutura obtida pela sobreposição, sem entrelaçamento, de camada de urdimento sobre a camada de trama e cuja amarração é obtida por uma cadeia de pontos de malha.

FILMES
Não são estruturas têxteis, aproximando-se mais da textura do papel. São todavia, produzidos a partir de soluções de fibras têxteis, mais freqüentemente de náilon. Podem aparecer isolados ou laminados com outro tecido. 

NON-WOVEN OU NÃO-TECIDO (TNT

São tecidos obtidos através do entrelaçamento de camadas de fibras que se prendem uma as outras por meios físicos e/ou químicos, formando uma manta contínua. Podem ser:
Feltro - é o tecido resultante do entrelaçamento de fibras de lã ou similares, através da ação combinada de agentes mecânicos e produtos químicos;
Folheado - é o tecido feito a partir de um véu de fibras têxteis, não feltrantes, mantidas juntas por meio de um adesivo ou por fusão de fibras termoplásticas. Apresenta três tipos: com as fibras orientadas, com as fibras cruzadas e com as fibras dispostas ao acaso.

TIPOS DE TECIDOS CONFORME TRAMA/TEIA

Tecidos planos:
São resultantes do entrelaçamento de dois conjuntos de fios que se cruzam em ângulo reto. Os fios dispostos no sentido horizontal são chamados de fios de "trama" e os fios dispostos no sentido vertical de fios de "urdume". Dividem-se em  três categorias básicas:




TAFETÁ OU TELA: É a  a mais simples das armações, pois sua base apresenta 02 tramas e dois fios. É a armação mais produzida pelo mercado. Alguns tecidos com essa construção: Morim, Voil, Organdi, Percal, Lona, Creponado, Gorgurão, Popeline, Tricoline, Cretone, Gaze, Esponja, Cambraia, Entretela, Flocado...
Sub categorias de telas:


O TECIDO TÊXTIL

tecido têxtil é um material à base de fios de fibra natural, artificial ou sintética, que pode ser composto de diversas formas tornando-se cobertura para diversos tipos de aplicações, principalmente  formando roupas e outras vestimentas de diversos usos. Pode ser usada basicamente como proteção para o frio dos humanos e animais, e também como cobertura de mesas, para limpeza, uso medicinal entre tantas outras aplicações. 

Os tecidos são, obviamente, uma construção elaborada a partir de fibras e fios, e sua constituição dependerá basicamente das matérias-primas utilizadas nessas fibras e fios, e assim como ocorre com as fibras podem ser:

Naturais
Os tecidos naturais, considerados básicos e clássicos, podem ter três origens, a origem animal,a origem mineral, e a origem vegetal.

Sintéticos
Os tecidos sintéticos não mantêm a temperatura do corpo; não absorvem a umidade do corpo; não têm elasticidade natural; e, por não absorverem umidade, amarrotam facilmente.

Artificiais
Os tecidos artificiais provêm de: "fibras celulósicas", tais como acetatos e viscose, e "fibras proteínicas", procedentes de matérias como o milho e óleos vegetais. Imitam a seda, e incluem tecidos como o rayon ou viscose.

ESTRUTURAS DA MALHA: TIPOS DE ENTRELAÇAMENTO DOS FIOS

As estruturas das malhas diferenciam-se dos tecidos planos em função do jeito com que os fios são entrelaçados. De uma forma geral, a malha é formada pelo entrelaçamento de um fio sobre ele mesmo. 
As malhas podem ser confeccionadas por entrelaçamentos que tendem a obedecer dois sentidos distintos de formação: horizontal e transversal.
Horizontal: é construído por “trama” em que as laçadas se formam na largura do tecimento (único fio – desmalha).
Transversal: é construído por “urdume” em que o tecido é formado pelo comprimento (vários fios – indesmalhável).
A unidade essencial de um tecido de malharia é o “loop” (termo inglês que significa: laço, laçada, alça) ou malha. Na sua construção observamos dois elementos usados frequentemente: fileiras (ou colunas) e cursos (ou carreiras).
Fileiras: colunas de entrelaçamento que ocorrem paralelamente ao longo do comprimento do tecido.
Cursos: séries sucessivas de malhas que formam a largura do tecido.

Na construção da malharia por trama o fio corre continuamente ao longo do tecido fazendo todas as malhas de um curso, sendo dois tipos de malharia:
Circular: o tecido é produzido de forma tubular;
Retilínea: o tecido é produzido através do entrelaçamento dos fios no sentido da largura podendo ser modelado através do aumento ou redução das malhas.
Na malharia por urdume, a construção se faz por vários fios que são entrelaçados no sentido do comprimento do tecido. Os fios são preparados correspondendo a um ou mais por agulha. Já a largura do tecido é determinada pela quantidade de agulhas utilizadas na máquina.
Exemplos de máquinas:
Kettenstuhl, produz tecido indesmalhável – Jérsei;
Milanese, produz tecido indesmalhável – Canelados diagonais;
Raschel, produz tecidos variáveis, padronagens lisas e jacquard, rendas, entre outros.
Entre as estruturas das malhas, os exemplos mais comuns de tecimento são:
Jérsei simples: as laçadas são do lado avesso do tecido e o lado direito é liso caracterizando espinhas no sentido longitudinal. O entrelaçamento de pontos ocorre na mesma direção, no sentido vertical do tecido (coluna).
Links: caracteriza-se pelo entrelaçamento de pontos em direções opostas no sentido horizontal (curso). O tecido não tem avesso porque suas filas horizontais de laçadas alternam entre os dois lados.
Malha Dupla: encorpadas e de elasticidade reduzida. Conforme o padrão o lado direito e avesso podem ser iguais ou diferentes. Algumas malhas duplas assemelham-se aos padrões com relevo e jacquard.
Malha cotelê: construção simples na qual as filas encontram-se dispostas de forma em que lado direito e avesso, são idênticos. Possuem grande elasticidade e sua utilização é muito encontrada em punhos e golas. Conhecido como Rib ou ribana seu entrelaçamento de pontos ocorre em direções opostas no sentido vertical (coluna).
Enredamento: construção em que os fios formam nós em pontos que se interceptam. Podem ser construídos tecidos de fios grossos (redes) e finos (rendas e tulês).
https://www.audaces.com/estruturas-das-malhas-tipos-de-entrelacamento-dos-fios-2/

LINHA DO TEMPO DA ESTAMPARIA

Antes mesmo da invenção do tecido, o ser humano produziu pinturas sobre a própria pele e mais tarde no couro, utilizando-se corantes naturais como o barro (PEZZOLO, 2009). Nesta época, as pessoas usavam as mãos para criarem os desenhos e mais tarde foram se desenvolvendo os pincéis. Nos séculos V e VI a. c., surgiram às primeiras técnicas de estamparia utilizando substâncias ácidas e corantes naturais. Na Idade Média, blocos de madeira começaram a ser utilizados para produzir estampas sobre o linho. Durante o século XVI, no sudoeste da Ásia, estampas foram produzidas sobre tecidos de algodão por meio da técnica conhecida como Batik, que consiste em desenhar com cera sobre o tecido nas partes que não receberão tinta, e em seguida tingi-lo com várias cores. Na Itália a estampagem era feita por meio de madeira gravada. Foi a partir daí que o método se espalhou por outros países Europa. No século XVII os adamascados e as sedas com pequenas figuras foram característicos tornando-se os mais comercializados no oriente e no ocidente. Neste mesmo século foi criado o cilindro para estampar, o que significou um grande avanço para a estamparia têxtil. No século XX, a técnica conhecida como impressão por quadros ou serigrafia foi bastante usada e se popularizou. Nos anos de 1950 o processo foi automatizado. Em 1962 um novo processo combinando o antigo sistema a rolos e o sistema de quadros, chamado cilindro rotativo, foi desenvolvido e passou a dominar as técnicas de impressão têxtil (PEZZOLO, 2009). Em 1980, na França, surgiu a termo-impressão que utiliza alta temperatura para transferência de corantes. O último processo de estampagem a ser desenvolvido foi o jato de tinta, ou estamparia digital, no fim do século XX. Esta técnica permite a reprodução fiel de desenhos, com mais cores e maior riqueza de detalhes. Apresenta um maior aproveitamento de materiais, sendo um processo menos poluente. Paralelamente ao desenvolvimento das técnicas de estamparia, deu-se o desenvolvimento dos materiais empregados. Grandes mudanças ocorreram na era das revoluções industriais, além do surgimento das máquinas as pesquisas na área da química permitiu o surgimento de corantes sintéticos a partir de 1856, o que trouxe as estampas uma grande variedade de cores e texturas.


 http://wright.ava.ufsc.br/~grupohipermidia/graphica2013/trabalhos/DESIGN%20TEXTIL%20REVISAO%20HISTORICA%20SURGIMENTO%20E%20EVOLUCAO%20DE%20TECNOLOGIAS.pdf

HISTÓRIA DOS TECIDOS E SEUS MATERIAIS

Segundo Pezzolo (2009), as primeiras fibras têxteis cultivadas pelo ser humano foram o linho e o algodão, no campo vegetal, e a lã e a seda, no campo animal. Já os primeiros tecidos nasceram da manipulação manual dessas fibras, pelos seres humanos, e depois progrediu para técnicas mais sofisticadas com a criação de instrumentos para a tecelagem, significando um grande marco na evolução do ser humano e na sua inclusão social (CHATAIGNIER, 2006). Na antiguidade, o algodão teve grande influência sobre várias culturas desde o ocidente até o oriente. A Índia e a Etiópia foram as primeiras a tecer peças de algodão que, posteriormente, se tornou a fibra mais usada em todo o mundo. O Egito ficou conhecido por cultivar um algodão forte e macio, uma vez que o clima e o solo as margens do Rio Nilo eram ideais para essa cultura. Atualmente, fibras de algodão para fabricação de tecidos são cultivadas, principalmente, na América Central, no Egito, em ilhas do sudeste norte-americano e ilhas nas Índias Ocidentais e também na Ásia Meridional. A seda surgiu durante o império de Huang Ti, na China, cerca de 1700 a.C. e mais tarde ficou famosa no Ocidente tornando-se símbolo de luxo e poder. O trajeto da seda até o oriente ficou conhecido como Rota da Seda e constituiu a mais importante ligação comercial e cultural entre Oriente e Ocidente por centenas de anos. Com as grandes navegações, já na Idade Moderna, novos tecidos foram descobertos, influenciando o comércio e a moda. Nesta época, as rendas foram bastante utilizadas pelos nobres e ganharam destaque na maioria dos trajes. Também foi neste período que surgiu o cetim, que logo ficou famoso por sua classe e caimento. A arte da tecelagem foi se desenvolvendo e novos tecidos começaram a ser fabricados a partir da utilização de diferentes fibras, tanto de origem animal como vegetal. Foi no século XVII que a revolução industrial, iniciada na indústria têxtil, trouxe avanços significativos para a produção, com novas tecnologias para máquinas e teares. Uma importante inovação que marcou a história dos tecidos foi o tear automático, criado pelo francês Joseph-Marie Jacquard no inicio do século XIX. Outro marco na história ocorreu em maio de 1873 com a descoberta do denim pelo alemão Levi Strauss e o alfaiate Jacob David, que o usava na fabricação de calças para mineradores e, para amenizar as variações de cor, tingia o tecido com índigo blue dando origem ao blue jeans. O fio sintético foi criado na Alemanha, em 1869, mas foi só em 1920 que passou a ser usado por uma companhia inglesa para a fabricação de tecidos. Foi no final do século XIX, que segundo Copolla (2010), iniciou-se a Era da Química que trouxe ao mercado da moda as fibras artificiais e sintéticas. Essas fibras foram primeiramente utilizadas em setores de alta tecnologia como a indústria aeroespacial, militar e esportiva, popularizando-se mais tarde no vestuário cotidiano (MENEGUCCI ET AL, 2010). Essa popularização deu-se principalmente no período pós-guerra devido à escassez de materiais naturais. Criado em 1935, o Nylon foi uma fibra sintética que apresentou significava importância na história da moda com suas características, como por exemplo, a de não amassar. O acrílico, outra fibra sintética, foi lançada em 1947 e produzida em larga escala a partir da década de 1950, constituindo um tecido forte, usado na confecção de malhas e forro de botas, luvas e paletós. A Lycra foi outro importante tecido, que começou a ser utilizado em 1958 nos Estados Unidos. No inicio era um fio bastante grosso usado na confecção de cintas cirúrgicas, mas, com o passar do tempo, foi ficando mais fino e passou a ser empregado na confecção de lingerie e moda praia, sendo que atualmente apresenta características que o torna capaz de se ajustar às curvas do corpo. Assim, os tecidos foram evoluindo por meio de experimentações misturando tradições, arte, tecnologia, ciência e moda até chegar aos dias de hoje. Atualmente, na Era da Tecnologia, em que já são produzidos os chamados tecidos inteligentes, que desenvolve experimentações nas áreas de biotecnologia, ergonomia, robótica, nanotecnologia e computação, entre outras, empregando conceitos da nanotecnologia.



http://wright.ava.ufsc.br/~grupohipermidia/graphica2013/trabalhos/DESIGN%20TEXTIL%20REVISAO%20HISTORICA%20SURGIMENTO%20E%20EVOLUCAO%20DE%20TECNOLOGIAS.pdf

TECIDOS ESPECIAIS

São aqueles obtidos por processos dos quais resulta uma estrutura mista de tecido plano, malha e não-tecido, ou ainda, como resultante de s...